Fanfiction: Lonely Rain (No.6)



Olá Pandinhas? Watashi wa Nicole desu! Como vão? :3 Hoje não irei fazer receita, vou deixar isso em "Hiatus". É dificil escolher uma que seja acessível a todos quer na prática quer em termos de produtos. Por isso, irei postar uma fanfiction, só para preencher o espaço >.< Não requer muito do vosso tempo, tem por volta de 700 e tal palavras, ficava muito agradecida que lessem, nem que seja para motivos de crítica construitiva. É one-shot e é sobre No.6 , 10 anos depois de história original.

Sinopse:
"Na verdade, ele amava dias de chuva. Foi num dia como o desde que entrou um estranho na sua casa e a partir daí a sua vida mudou completamente. Ainda hoje se pergunta como esse estranho estaria. Não que tivessem passado pouco tempo em conjunto, mas a sua mente era demasiado misteriosa para que ele conseguisse saber o que estaria a pensar. Tinha-se passado dez anos desde então, dez anos desde a sua despedida, dez anos desde o ultimo adeus."




Capítulo One-shot: Lonely Rain

Ele vestiu o seu casacão e com o gorro a tapar-lhe a cara, saiu para a rua sem nenhum caminho certo. E assim o fazia sempre que chovia.
A água que caia dos telhados, a caírem em poças, uma gota de cada de cada vez, faziam uma bela melodia.
Entre pingos, ele sentia-se protegido, alheio à realidade à sua volta, como se criassem uma parede invisível aos olhos de todos que o separasse dos olhares de discriminação da população. Para onde quer que fosse, o seu estranho cabelo branco, resultado de um acidente de à 10 anos atrás, era motivo de comentários e murmúrios.
Mas agora, pelo contrário, o som das suas passadas pesadas sem destino ao longo do passeio encharcado conseguia abafar as vozes de quem quer que se cruzasse com ele.
O cheiro do fumo proveniente dos escapes dos automóveis misturava-se com os das chaminés das lareiras acabadas de acender e com a humidade do nevoeiro. O ar mucoso tornava-se difícil de respirar, mas para alguém que passou algum tempo no “Distrito Oeste”, uma espécie de bairro empobrecido sem canalização e feito com restos da No.6, isso não era nada.
Com as mãos nos bolsos (um hábito que ganhou com alguém especial), ia-se encolhendo cada vez mais, à medida que passava pelas ruas escuras e estreitas. Não que se sentisse incomodado com o frio interior a si, esse já há muito que não lhe faz a menor diferença, mas sim com mais propriamente com o vazio que sentia dentro de si.
Na verdade, ele amava dias de chuva. Foi num dia como o desde que entrou um estranho na sua casa e a partir daí a sua vida mudou completamente. Ainda hoje se pergunta como esse estranho estaria. Não que tivessem passado pouco tempo em conjunto, mas a sua mente era demasiado misteriosa para que ele conseguisse saber o que estaria a pensar. Tinha-se passado dez anos desde então, dez anos desde a sua despedida, dez anos desde o ultimo adeus.
Depois disso, ele voltou com a sua mãe para a No.6, agora reconstruida, à sua vida normal e tranquila, mas não com o alguém que queria. Os dias passavam lentamente, impacientes e solitários, sempre com o desejo de voltar a encontrar a tal pessoa, que nunca mais teve oportunidade de encontrar.
Sentia saudades do sedoso cabelo azul sempre apanhado, dos olhos como mar que brilhavam como pedras preciosas, do sorriso que, mesmo sendo poucas vezes mostrado, fazia com que o seu dia valesse a pena, até da doce essência que emanava sentia falta.
E agora a única lembrança que tem desse alguém é a echarpe preta que está a usar, para se proteger do frio interior a si.
Apesar da solidão que sentia diariamente, tinha sido a sua escolha voltar a viver para a No.6. “Ele” sempre teve razão, depois de tudo não havia nenhuma terceira opção. Depois de tudo sempre foi forçado a escolher entre a cidade e “Ele”.
Há quando tempo esteve perdido nos seus pensamentos? Tinha-se passado minutos, horas talvez. Mas isso não importava agora. Só iria voltar para casa quando as gotas cessassem.
Sentia-se encharcado, pesado, mas insistia em caminhar. A nostalgia que sentia quando se dava este clima era a única coisa que o mantinha a respirar e a viver. Lembrar-se que estavam os dois vivos depois de tudo o que tinham passado bastava.
Ao virar a esquina, um som chamou-lhe a atenção por cima da chuva.
Um rato.
Olhou para baixo. Pareceu-lhe ter visto Hamlet, o pequeno animal roedor de pelo branco e macio que tanto se tinha afeiçoado. Piscou os olhos, e a pequena bolinha felpuda já la não estava. Seriam as saudades que estariam a dar cabo da sua sanidade mental?
Continuou o seu percurso mesmo assim, com alguma insegurança sentida. A última coisa que precisava era de ilusões que faziam lembranças vir à tona.
O dia estava a ficar escuro, se não voltasse iria preocupar a sua mãe, mas alguma coisa lhe dizia para continuar. Sem pensar, as suas pernas conduziram-no para uma rua ainda mais estreita. Passou por uma silhueta mas não lhe ligou, estava demasiado concentrado a olhar para as pedras da calçada que pisava.
- Shion, há quanto tempo. - O seu corpo paralisou assim que reconheceu aquela doce voz. Embora quisesse, Shion tentava convencer-se que era mais outra ilusão, seria demasiado bom para ser real.
Deu meia volta lentamente, como se tivesse a preparar para o que ia encontrar, ou não. Mas mal sabia que “Ele” estaria bem à sua frente encostado à parede.
- Nezumi.

-Fim-

Gostaram? :3 Alguma crítica/erro que exista comentem abaixo, não reli por isso....
Bom, é tudo! Desculpem lá a ausência aqui no blog, mas como já expliquei inúmeras vezes, isso deve-se ao facto de termos de frequentar a escola e no meu caso e no da Haruna, estarmos em anos de exames, espero que compreendam >.<
Até à próxima!

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