ψ Enciclopédia Yōkai ψ → Kosodate Yūrei
Olá pandinhas! (◕‿◕✿) ~Haruna
Kosodate Yūrei (子育て幽霊) são os fantasmas de mães que morreram durante ou após o parto. Elas voltam ao mundo dos vivos por causa da forte ligação que partilham com os filhos, afim de cumprirem os seus deveres maternais. Ao contrário dos outros tipos de yūrei, estes fantasmas não têm o objectivo de prejudicar as pessoas, querem apenas encontrar alguém que possa cuidar dos seus filhos.
Ficha Técnica
Tradução: fantasma mãe protetora; fantasma criador de criança Nomes Alternativos: amekai yūrei
Habitat: cidades; vilas; qualquer local onde encontre alguém para assombrar
Dieta: nenhuma
Aparência:
Como todos os yūrei, também estes mantêm a aparência que tinham antes da sua morte, aparecendo com roupas de enterro, ou com as roupas que usavam enquanto vivas.
Interações:
Kosodate yūrei existem para cumprir um propósito: cuidar do bem estar dos filhos. Elas tentam fazer isso comprando doces ou outras coisas para os seus filhos. Como não possuem dinheiro pagam com aquilo que podem, por exemplo, folhas mortas. Estes fantasmas procuram pessoas que possam cuidar dos seus filhos, para que estes possam crescer saudáveis. Quando o bebé é encontrado e cuidado a mãe pode finalmente descansar. Até lá elas regressam todas as noites até encontrarem alguém que possa cuidar do seu filho.
Lendas:
As histórias sobre Kosodate yūrei são muito comuns, embora os detalhes variem de lugar para lugar, todas elas seguem o mesmo padrão. Uma versão muito comum é a seguinte:
Numa noite de chuva, um lojista estava a fechar a sua loja quando ouviu alguém a bater na sua janela. Olhando pela janela, ele viu uma mulher, completamente encharcada devido à forte chuva. Preocupado, o homem perguntou-lhe se ela precisava de ajuda, mas tudo o que ela disse foi:
- Um doce por favor.
Mesmo estando a loja fechada, o lojista sentiu pena da pobre mulher e vendeu-lhe um doce. Ela pagou-lhe com um mon – uma moeda de baixo valor- e desapareceu na noite.
Na noite seguinte, ela voltou à mesma hora, desamparada e despenteada. Mais uma vez, ela pediu ao lojista com uma voz quase demasiado fraco para se ouvir:
-Um doce por favor.
O lojista deu-lhe um doce, e novamente ela pagou com um mon, desaparecendo tão silenciosamente com tinha aparecido.
Todas as noites, por seis noites, este mesmo cenário repetiu-se. Na sétima noite ela voltou, mas desta vez não tinha dinheiro. Quando o lojista lhe deu o doce ela apresentou-lhe um punhado de folhas. O homem disse-lhe não podia aceitar as folhas como forma pagamento e, a mulher ofereceu o seu casaco para pagar o doce. O lojista protestou, mas ela insistiu tanto, que ele acabou por ceder.
No dia seguinte, um comerciante de uma aldeia vizinha, passou pela cidade. Ele parou na loja de seu amigo, e este contou-lhe sobre a estranha mulher que o visitava todas as noites e, do casaco que ela lhe deu como pagamento. Ao ver o casaco o comerciante ficou pálido e disse:
- Esse é o casaco da esposa de um amigo meu!
-A sério? Talvez tenha sido ela a vir cá.
-Isso é impossível! – afirmou o comerciante. – Ela morreu à uma semana. Esse é o casaco com que ela foi enterrada!
O comerciante e o lojista entre olharam-se incrédulos por um tempo, até que decidiram ir ao templo, onde a mulher fora enterrada, para contar ao sacerdote o sucedido. O sacerdote repreendeu-os por acreditarem em tais superstições, levando-os ao túmulo da mulher para lhes mostrar que tudo estava bem.
Ao chegarem ao túmulo ouviram o choro inconfundível de um bebé recém-nascido que vinha debaixo da terra.Os homens cavaram a sepultura e descobriram que aquele, era de facto, o cadáver da mulher que tinha ido visitar a loja. Além do mais, entrelaçado nos seus braços, estava um bebé vivo embrulhado num pano. A mulher tinha dado à luz, depois de morrer, dentro do seu caixão. Embrulhados com o bebé estavam restos de docinhos, que mantiveram o bebé vivo durante a semana. A sua mãe tinha comprado os doces com os seis mon que são, tradicionalmente, colocados junto ao cadáver para que este possa pagar aos guardiões do submundo.
Eles levaram o bebé e devolveram-no à sua família. Depois desse dia a visitante fantasmagórica nunca mais foi vista.
E é tudo por hoje...
Se tiverem alguma dúvida ou sugestão para o próximo "monstrinho" deixem-na nos comentários ou no nosso Facebook.
Bye, Bye! ( ・ω・)ノ
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