Olá Pandinhas! Watashi wa Nicole desu! Lembram-se de há muito, muito tempo, ter andado por aí a escrever uma fanfic de D. Gray Man? Lembram-se? Se não, não culpo ninguém, já se passaram mais de seis meses sem a atualizar... (Já se passou tanto tempo e continuo com tão poucos capítulos~ Logo eu que tenho um longo plot para desenvolver...) Hoje foi o meu exame de português e para a semana vai ser o de matemática, e pode ser que apartir daí a minha dedicação, inspiração e força de vontade para trabalhar volte. Qualquer das maneiras, vou postar o capítulo 8!
Capítulo 8 - Túlipas
O aroma a erva verde preenchia os meus sentidos. Abri os
olhos.
Estava num campo onde a erva dançava ao sabor do vento. O
meu cabelo solto acompanhava os movimentos da relva.
Usava um vestido de alças branco que me dava pelos joelhos,
o que me fazia aparecer anormalmente pálida.
- Pareces um anjo, Ally… - Disse uma voz conhecida.
Virei-me para trás para ver quem era. Allen.
- Allen-nii…
Este andou até ficar um ou dois passos distantes de mim.
Com a sua mão “humana”, afastou-me a franja da testa e
olhou-me nos olhos.
- Allen… Onde é que te posso encontrar?
- Trata bem dos meus nakamas… Devo-lhes isso – Disse com um
sorriso forçado, claramente a tentar mudar de assunto.
- Claro Allen, tu sabes bem que sim. Mas por favor, responde
à minha pergunta. – Pedi suplicante.
Allen abraçou-me com força, como se eu pudesse escapar a
qualquer momento.
- Ally, eu agora não posso estar aí, não vos quero magoar.
Mas dói Ally, este sofrimento é sufocante, preciso que me salves de mim
próprio… - Enquanto falava, o meu irmão tremia. Apercebi-me que ele estava a
fazer imensa força para não chorar.
Tentei acalmá-lo, ao tocar-lhe gentilmente com as mãos nas
suas costas.
Este contacto fazia-me sentir pequenina, vulnerável, mas ao
mesmo tempo segura. Mesmo sendo gémeos, a nossa diferença de altura não era
pouco, por isso sentia-me uma boneca ao seu lado.
- Diz-me como salvar-te, sabes que faria tudo por ti…
Allen afastou-se de mim, ficando meio metro de distância.
- Ally, o meu tempo está a acabar… - Allen começou a ficar
translucido.
- Allen! – Chamei-o. Não queria que ele fosse embora.
- Salva-me Ally … - Estendeu a mão.
- Allen, não vás! – A cada segundo o meu irmão ia ficando
cada vez mais transparente.
- Salva-me.
Tentei agarrar a sua mão estendida na minha direção, mas
quando ia a menos de um segundo de a agarrar, esta transformou-se em ar.
- Agora estava completamente sozinha, com o vento a
soprar-me a cara, a despentear-me os cabelos. O que há pouco me parecia uma
sensação única, estava a tornar-se numa sensação fria e solitária…
***
Sentia o meu corpo cambalear. Estava um pouco doida para ter
adormecido sentada.
Abri os olhos.
Estava de volta à cabine do comboio que nos ia levar à minha
primeira missão.
Espreitei pela janela. Os primeiros raios de luz que estavam
a nascer indicavam o ínicio de um novo dia. O comboio estava a passar por
infinitas extensões de campos, o que me fazia desesperar pois indicava que
ainda falta para chegarmos à tal cidade para a qual nos destinamos.
- Isso é que foi um pesadelo…
Levantei a cabeça para ver quem era. Não me tinha apercebido
que mais alguém tinha acordado. Lavi estava sentado à minha frente com uma
expressão muito “divertida” a encarar-me. Tsc, pervertido. Atirei-lhe a manta à
cara.
- Sabes que não se deve observar pessoas que dormem enquanto
falam. – É, eu tinha o mau hábito de falar durante o sono… Até chego a acordar
com o som dos meus gritos, vejam lá!
Mas curiosa como sou, cheguei-me um pouco à frente e assim
baixinho e timidamente perguntei-lhe:
- Né, Lavi, eu disse muita coisa?
Lavi começou a rir tanto que teve que se agarrar à barriga.
Depois de se acalmar e de limpar as Lágrimas que tinha ao canto do olho por rir
tanto é que finalmente me responde… ou melhor, fez uma tentativa de me imitar.
- “Allen… Allen meu
fofo… Ai Allen anda cá!” – “Rachava” (Sim porque o rapaz não conseguia fazer
voz agudinhas) enquanto tentava parecer aquelas meninas estupidamente
apaixonadas.
- Ele é meu irmão, parvo! – Irritada, levantei-me. Tentei
dar um murro no peito de Lavi, mas ele defendeu-se agarrando-me no pulso. O som
do impacto dez com que Lenalee acordasse.
- Já de manhã a namorar? – Disse Lenalee entre bocejos e
espreguiçadelas.
- Nunca na vida isso ia acontecer, nem morta – Disse virando
de costas para Lavi, cruzando os braços.
Nesta altura o comboio começou a travar.
Comecei a olhar para Lenalee.
- Nós saímos nesta paragem. – Parecia que respondeu aos meus
pensamentos.
Demoramos algum tempo a acordar Krory, que estava a dormir
ruidosamente … (E com isto quero dizer ressonar muito, muito alto.)
Na saída do comboio, Lavi e Lenalee mexericavam atrás de
mim.
- Lavi cuidado, não te aproximes da Ally, não queres ser
cortado aos bocadinhos, pois não?
- Eh? Como assim?
- Uhuhuh… (risada malvada da Lenalee). Parece que está a
acontecer um caso entre o Kanda e a Ally.
Ok, hora de acabar com a brincadeira.
- Para vossa informação, eu estou a ouvir-vos. E pela
milésima quinhenta vez, não quero saber do Ba-Kanda. – Parei de caminhar e
voltei-me para trás para os encarar. – E mesmo que quisesse, não me parece que
seja da vossa conta.
- Não é? – Perguntou Lavi, de um modo um pouco surpreendido
mas ao mesmo tempo desiludido.
- Claro que não!
O Baka-usagi tapou a boca e o nariz com a mão, num gesto
para mim um pouco suspeito. Mais parecia que estava a tentar esconder a cara.
Espera… É impressão minha ou ele estava a corar?
Já fora da estação dos comboios, o aroma a túlipas pairava
no ar. As construções da cidade eram estreitas e os telhados acabavam em
triângulos perfeitos.
Estava finalmente em Amesterdão depois de uma viagem
desconfortável.
- Não devíamos de esperar por um Finder aqui? – Perguntei,
ao ver os meus companheiros a continuar o caminho.
- Não. A ordem já tinha enviado Finders, mas como eles foram
afetados pelo fenómeno que ocorre à noite e já que o essencial das suas funções
é a busca de informações, não valia a pena arriscarem a sua vida para nada. –
Desta vez Krory respondeu-me.
- E começamos por onde?
- Bom, primeiro vamos instalar-nos numa pousada, e depois
vamos até ao sítio em que toda a gente se começa a atacar. Pode ter pistas de
alguma coisa.
- Certo.
- Entrámos numa pousada pequena e Krory, como homem
cavalheiro, dirigiu-se à receção e foi pedir por nós.
- Se faz favor, são dois quartos, ambos para duas pessoas.
- Claro, aqui tem. – Disse a rececionista ao entregar as
chaves. – Primeiro andar à direita. Que tenha uma ótima estadia.
- Obrigada – Agradeceu Krory.
Não sei porquê, mas a minha intuição dizia-me que a
rececionista era um pouco estranha. Talvez sejam os hematomas que esta tinha à
mostra na cara. Se calhar ela também foi vítima do tal fenómeno.
Subimos as escadas e eu entrei com Lenalee no quarto.
Era simples, de paredes cremes, sem muita decoração. Tinha
apenas um quadro onde estavam pintadas túlipas.
As pequenas camas eram de ferro e com lençóis brancos, Não
pareciam tão confortáveis com as do meu quarto, mas tudo era melhor que dormir
no comboio.
As janelas que existiam davam para uma varanda comum a
outros quartos.
Tínhamos combinado encontrarmo-nos fora do quarto depois de
quinze minutos, para ter tempo de desembalar, mas passados cinco já estava
pronta. Não tinha assim muita coisa da mala e também não valia a pena tirar lá
tudo se não sabia quanto tempo ia lá ficar.
Eu e Lenalee podíamos ter demorado pouco tempo, mas os
rapazes já estavam à nossa espera.
Apanhamos uma carroça que nos iria levar ao “local” do
crime”.
Á medida que a carroça cambaleava por as suas rodas passarem
por terreno irregular, ima me sentido mais e mais sonolenta.
Pergunto-me como posso salvar o meu irmão… E do quê. Será da
Ordem? Será que ele anda a ser perseguido por pessoas daqui? Será do
décimo-quarto? Ou de outra coisa pior? Se eu ao menos pudesse encontrar-me com
ele…
Com este pensamento lembro-me de Kanda. Por onde será que
ele anda? Ninguém da Ordem sabe onde é que ele está. E eu também não o vejo
desde aquela vez na enfermaria. Mas Lenalee tem casa de saber alguma coisa…
A carroça parou em frente a um largo campo de túlipas
vermelhas onde estavam situados dois moinhos de vento.
Ao andar no meio destas bonitas plantas, não imagino como é
que terá acontecido alguma tragédia aqui.
- Minna! Vamos nos separar para investigar melhor! – Ouvi
Lenalee.
Seguimos caminhos diferentes, cada um numa direção oposta ao
dos outros. As flores hipnotizavam-me cada vez mais, até que decidi arrancar
uma. Mas algo estranho aconteceu. Ao passar as mãos pelas pétalas, estas iam
ficando brancas, e a minha mão, vermelha. Só agora é que percebi – as túlipas
nunca foram vermelhas. Estavam era tingidas de sangue. Todas elas, numa
planície extensa.
Não consegui ficar muito tempo aterrorizada, pois a voz de
Lavi cortou os meus pensamentos.
- Pessoal! Venham aqui! Encontrei uma coisa! – Ouvi Lavi
dizer.
*Fim*
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